Em tempos de pandemia, a Ética é a primeira vítima

Antes de tudo, ninguém sabe quem tem que viver e quem tem que morrer. É antiético e inaceitável aderir à hipótese de qualquer gestor público negacionista que, no discurso de salvar a economia, relativiza o distanciamento social para infectar rapidamente o maior número de pessoas que, em outras palavras, significa dizer: deixemos morrer as pessoas que não tenham anticorpos suficientes para encarar o vírus e que sobrevivam os que tiverem alta imunidade no contágio pela doença. Não sou médico e nem agente da área de saúde. Eles têm um código deontológico que os protegem e guiam suas condutas, sobretudo em situação de escassez. Todavia, independente se é da área de saúde ou não, há questões éticas que tocam os limites do nosso agir. A ética não é neutra, cada pessoa tem uma opinião diferente sobre ela. Na hierarquia dos valores, cada um constrói a sua conduta ética a partir da "bolha" social e cultural em que vive. Por exemplo, cientistas, médicos e agentes de saúde...