Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2013

Encontro sobre a seca em Natal: indignação, unificação e propostas

Imagem
Representantes da Igreja Católica das três dioceses do RN, lideranças dos principais movimentos sociais, representante da OAB/RN estiveram nesta manhã de quinta-feira, 31, reunidos no Centro Pastoral da Arquidiocese - subsolo da Catedral de Natal.  O objetivo principal: sensibilizar e articular a sociedade para reivindicar e cobrar do governo ações urgentes em defesa do povo que está sofrendo com os efeitos da maior seca dos últimos trinta anos.  No encontro desta manhã ecoaram vários tons vindos de diversas entidades presentes: tom de indignação contra um governo insensível à realidade do povo que sofre com a seca; tom de impotência por bater na mesma tecla, repetidamente, e não conseguir ver nenhuma resposta concreta por parte do Estado. Mas também, tom de esperança e fé, ou seja, embora seja visível um tom de descrença e comodismo, ainda acreditamos que o povo articulado e organizado, poderá ver seus direitos respeitados.  Após ouvir os anseios, angústias e propo

Cadê o Estado?

Imagem
Amanhã, nós, pastorais sociais da Diocese de Mossoró estaremos em Natal, junto com o Fórum do Campo Potiguar e a ASA (Articulação do Semiárido) para discutir e mobilizar a sociedade em geral com o objetivo de reivindicar do Estado ações efetivas que diminuam o sofrimento do povo e dos animais que sofrem com os efeitos da seca.  Até agora, o governo tem apresentado muita propaganda e pouca ação. Fala-se de investimentos em adutoras, mas sabemos que elas resolvem uma pequena parte da demanda, e mais, as adutoras só terão resultados concretos quando cair chuvas. Enquanto não, o agricultor, que já vem sofrendo há tempo com a estiagem, não terá condições de criar o resto de animais que ainda sobrevivem, além de faltar água para o próprio consumo humano.  O tempo agora é de emergência , não dá mais para esperar. Os animais estão morrendo em massa, os agricultores estão desesperados. A pergunta misturada com angustia e revolta é: até quando vamos continuar assistindo passivamente a

Novas tecnologias: ameaça ou benção para a Igreja?

Imagem
Quem provar verá. Quem fez ou está fazendo a passagem do tradicional modelo de comunicação para o novo mundo digital, sentirá a mudança radical em quase tudo.  Não sou nativo digital, mas consigo sentir e imaginar o que ronda dentro do cérebro da minha sobrinha que cresce navegando dentro desse inédito oceano digital.  Eu, desde 2008, não uso mais agenda de papel, apenas agenda digital, conectada na internet, que me dá a possibilidade de acessar e atualizar os meus compromissos em aparelhos diversos (Imac, Ipad, MacBook), e de qualquer lugar do mundo. Minhas principais fontes de informação e de estudo estão na rede. Quase todos os meus contatos, amigos e colegas também estão em rede. A liturgia diária, das horas, bíblia, tudo está na rede. Desse modo, a passagem do papel para o digital muda não somente o formato e a linguagem dos meios, mas também muda o modo de administrar a nossa vida cotidiana.  Baseado no pensamento do Filósofo Pierre Lévy , o jesuíta Antonio Spad

Esquizofrenia na rede. O que é isso?

Imagem
"Eu amo meu computador porque dentro dele estão todos os meus amigos". Essa confissão veio de um jovem africano, por ocasião de uma conversa pessoal com o Pe. Antonio Spadaro.  Lembrei dessa declaração de amor, após publicar no Facebook,  essa foto dos frades, dentro da Igreja, rezando através dos seus smartphones.  Os diversos pontos de vistas nos comentários a respeito da foto levou-me a pensar na importância da formação e conhecimento da Internet e, portanto, um melhor domínio da nova cultura digital no campo da evangelização.  Por que sentimos a necessidade de conhecer melhor esse novo jeito de viver e rezar a partir da era digital?  Porque é notório a visão dualista da Internet; é comum fazermos a distinção entre vida online da off-line, a vida real daquela das redes sociais. Essa dicotomia no modo de ver a rede nos leva a uma "esquizofrenia" de vida, conforme defendem alguns estudiosos.  Eles afirmam que não há duas vidas. A mesma da of

Hoje, “Na mesa de vovó é assim”. E ontem?

Imagem
Há, mas ou menos, 15 anos, na mesa de vovó havia somente um rádio. E para ser mais claro, ele não ficava em cima da mesa da cozinha de vovó, mas numa mesinha, na sala, bem protegido, coberto com um pano bordado e sobre o grande radio de marca “Semp”, um pequeno jarro com flores de plástico.  Essa foto da mesa enfeitada de aparelhos foi tirada por minha sobrinha com o seu celular, na virada do ano, e, no mesmo instante, ela publicou no Facebook, acompanhada com a frase: "na mesa de vovó é assim" . A foto fez-me pensar e a perceber esse novo mundo de aparelhos e novidades tecnológicas que temos disponíveis. De um simples rádio, que funcionava apenas para escutar alguns programas - porque não havia energia e as pilhas eram caras – para um oceano de tecnologias revolucionárias: ipad, macBook, iphone, smartphone, laptops.  A casa de meus pais é no sítio, longe dos rumores da cidade, sem movimento de carro porque não há nenhuma casa depois da dos meus pais. Há 15 anos, q

Dom José Freire e o Ano da Fé

Imagem
Dentro da celebração do "Ano da Fé, a Igreja de Santa Luzia de Mossoró reza e faz memória de um ano de falecimento do bispo emérito, Dom José Freire.  Neste "Ano da Fé" o Papa convida a Igreja para aprofundar e redescobrir a alegria da vivência da fé. Como via para vivificar e amadurecer essa fé, o Papa sugere que a Igreja recorde e acolha os frutos do Concílio Vaticano II, amadurecidos há mais de 50 anos. Dom José Freire já no início dos anos 80, ao lado de outras brilhantes figuras, com a elaboração do documento "Catequese Renovada", interpretou basicamente o mesmo apelo que o papa faz à Igreja de hoje.  Dom Freire, após fazer especialização em catequese em Roma, foi convidado pela CNBB para repensar e inovar a catequese no Brasil. Ele junto com os seus colegas revolucionam o modo de educar e viver a fé cristã. À luz da nova Igreja pós-conciliar, a catequese deixa de ser simplesmente doutrinal e devocional e passa a ser uma experiência de f

Dom José Freire: um ano depois

Imagem
Neste mesmo período, os primeiros dias de janeiro do ano passado, uma atmosfera de tristeza e esperança pairou na diocese de Mossoró. Os meios de comunicação traziam em primeira página: O bispo emérito de Mossoró sofre derrame cerebral e é internado na UTI do Hospital Wilson Rosado. Fiéis oram pela recuperação do grave quadro de saúde de Dom José Freire.  "A família de Dom Freire já se encontra em Mossoró e pede ao povo que ore pela recuperação de nosso bispo emérito".  Dom Mariano Manzana convoca, em nota oficial, todas as paróquias e comunidades para rezar pela saúde do bispo emérito.  Esse foi o tenso clima vivido pelo povo de Santa Luzia, entre os dias 31 de dezembro de 2011 até a madrugada do dia 10 de janeiro de 2012.  10 de janeiro de 2012 - LUTO  Na mídia local e regional ecoava uma só voz: "Luto em Mossoró : Morre Dom José Freire, bispo emérito da diocese de Mossoró”.  Governo do Estado envia nota de pesar pela morte de Dom Freir