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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

A grande desconexão

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Os governos dos países onde há revoltas já perderam a batalha das mentes. E essa foi feita através da internet ★ Um novo fantasma está assombrando os corredores do poder no mundo: a livre comunicação nas redes de internet. Ministros e ministras sem decências legislam, contratam policiais informáticos, ameaçam, sancionam, encarceram e, em alguns casos, como o Jalid Said em Alexandria, matam por publicar um vídeo no YouTube. Fazem tudo isso porque o poder sempre teve o controle da comunicação. Agora, porém, o esforço é em vão. Embora castiguem o mensageiro, não conseguem interceptar a mensagem. Os governos não têm um botão onde possam comandar as redes. Se blocam o Twitter e o Facebook, como fez Mubarak no Egito e fazem o mesmo na China, existem outras redes independentes, pequenos provedores que oferecem vias de interação comunicativa. Qualquer reação de bloqueio por parte de governos, provoca rapidamente um vírus de solidariedade dentro da comunidade Web. Pessoas, instituições e

Ética: filha de um povo, de uma cultura

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A ética profissional é ligada a uma espiritualidade no seu sentido mais amplo. Quanto mais abertura à espiritualidade, mais possibilidade teremos de aplicar valores éticos em nossa profissão. A constituição Italiana, artigo 21, enfatiza que todos têm o direito de expressão, livremente. Ao longo da história italiana, essa liberdade foi ferida. No século passado, início da década de 20, Mussolini foi um quem amaldiçoou de forma quase radical a liberdade de comunicação. A nova constituição em 1947, após o final dos dois conflitos mundiais, ressuscita o direito inalienável de se expressar, que havia sido sepultada com o fascismo. Essa liberdade de expressão, portanto, é filha do nascimento de uma nova democracia. Informar e ser informado passam a ser uma necessidade e um direito inquestionável nos países democráticos. Voltado para o jornalismo profissional, em 2002, foi aprovada a carta deontológica dos jornalistas italianos com o objetivo de tornar visível os direitos e deveres de cada

Novas tecnologias, novas relações

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Faço aqui uma síntese crítica do conteúdo presente na mensagem do Papa para o 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais. O mundo digital está portando um novo modo de pensar e de viver. Uma transformação cultural. A rede é um lugar constante de metamorfose. Ontem, a mudança social veio com a revolução industrial, hoje, com a revolução das redes. Na cultura da rede, há um salto para a comunicação horizontal. A autoridade que está hoje em linha vertical, agora ocupará uma função com critérios diversos. Com a rede, o que faz a "autoridade" não é a mitra, não é o fato de ser "padre", mas a inserção participativa dentro da rede. A autoridade na rede está fortemente ligado ao diálogo, intercâmbio, respeito mútuo e criação de relações positivas. Essa dinâmica nova de comunicar-se muda o modo de anunciar o Evangelho, de ser Igreja. É, portanto, um apelo a horizontalizar as relações no interior das instituições. O papa aponta para o exemplo das primeiras comunida