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Mostrando postagens de maio, 2015

Do grunhido à fala: o que muda?

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Querer entender as crises, as mudanças, os conflitos bem como as revoluções cognitivas e sociais que a atual sociedade vive, sem fazer uma ligação com as principais rupturas tecnológicas e culturais, ocorridas ao longo da história humana é, praticamente, em vão.  Antes de perceber o ambiente social ao nosso entorno, faz-se necessário olhar no retrovisor e perguntar: que mudanças aconteceram na política, na escola, na religião, na cultura, com a massificação da palavra falada, da escrita e do papel impresso? Estudando o que significou cada uma dessas rupturas de mídia no cérebro humano, questiona-se: hoje, com a expansão da cultura digital na sociedade, que mudanças começam a ser visualizadas nas atuais organizações e, em particular, no cérebro humano? Neste texto, começaremos percebendo o impacto da fala na vida humana. Nos próximos artigos - com a finalidade de analisar as revoluções provocadas pelos meios de comunicação disruptivos – conheceremos de p

Mostra-me que lentes usas, e te direi quem tu és

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"A vida só pode ser entendida olhando para trás, mas ela deve ser vivida olhando para frente" Kierkegaard  O pensamento acima, do teólogo e filósofo dinamarquês Kierkegaard, leva-me a pensar e avaliar o modo como venho interpretando o mundo ao meu entorno. Não basta fotografar a realidade presente para entender a complexidade do mundo: q uanto mais viajamos no passado, mais compreendemos o presente e melhor nos preparamos para encararmos o futuro. Já entrei em conflito comigo mesmo e com o outro, ao querer, em um passe de mágica, explicação e resposta aos macroproblemas seculares, presentes em nossos ambientes e organismos. Muitas vezes, contentava-me em analisar a conjuntura atual, usando apenas uma lente interpretativa, ou resumindo -me apenas a uma leitura da presente realidade, ignorando, quase sempre, a história e as outras maneiras de perceber a vida. Por vivermos em uma cultura imediatista, do “carpe diem”, corremos um grande risco

Tecnologias inventadas, culturas recriadas

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Que mudança mental-cultural teria ocorrido em vovô se ele, em vez de ter vivido na zona rural, longe de energia, de rádio e tevê, tivesse tido a oportunidade de viver em um ambiente moderno, rodeado de inovações tecnológicas? Que percepção da realidade teria vovô , se vivesse no ambiente das redes sociais digitais? E se ele tivesse nascido e crescido no centro de São Paulo, trabalhando como professor de Engenharia Eletrônica ? E , se vovô , nas horas livres, no lugar de ficar sentado na sua calçada da casa do sítio, contemplando o horizonte do verde, das serras, vendo pessoas que sobem e descem na estrada, estivesse interagindo com o complexo público do Twitter, , Whatsapp e/ou Facebook?  Os “se” poderiam continuar, porém penso que os citados , acima , já são suficientes para percebermos o que significa os meios tecnológicos na construção da nossa identidade cultural. Poderia ter recorrido a qualquer outra pessoa, que vive indiferente às inovações tecnológicas