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Mostrando postagens de outubro, 2017

Da Telern do Venha-Ver ao WhatsApp

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“Meu filho, boa noite, como foi seu dia? Tá tudo em paz por aí?” Geralmente, assim começa uma das mensagens mais contagiantes que recebo de minha mãe quase diariamente, via WhatsApp (zap). No final de semana vai mais além, a gente conversa em audiovisual, o tempo que temos à disposição, gratuitamente.  O zap pouco significa para quem cresceu na era digital, caracterizada pela comunicação interativa e ubíqua, por meio dos bate-papos nas mídias digitais. Para mamãe, todavia, que, até poucos anos atrás, andava quilômetros a pé na direção do telefone público (TELERN) mais próximo da sua casa, na esperança de falar com seus filhos ausentes, o zap tornou-se o meio de comunicação mais valioso da sua vida.  Pelo zap, mamãe conseguiu trazer de volta, para bem pertinho dela, todos os seus filhos que há anos vivem espalhados pelo mundo, nos seus respectivos trabalhos. O zap é um meio sagrado para mamãe porque dentro dele estão todos os seus filhos, netos, genros, noras, irmãos e irmãs

Vale do Silício: Epicentro da Revolução Digital

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Visitar o Vale do Silício, o berço da invenção das tecnologias digitais do planeta, foi a experiência mais excitante que vivi nos Estados Unidos. É no Vale, localizado na Bahia de São Francisco, Califórnia, onde se reúnem as maiores mentes inovadoras e disruptivas do mundo tecnológico dos últimos cinquenta anos.  Foi parido no Vale o meu primeiro computador que me conectou com o mundo no final do milênio. Conectado na internet, o computador pessoal provocou a maior revolução na história da comunicação humana. O mundo deixou de ser um estranho, ele veio ao nosso encontro, ficou pequeno, hoje cabe na palma da nossa mão.  O Museu da História do Computador foi uma das minhas curtidas preferidas. Gastei um dia todo viajando dentro da história secular do computador. Lá pude tocar nas primeiras tecnologias inventadas, ver e ouvir em audiovisual os inventores que inverteram a pirâmide do acesso aos meios de comunicação no final do século XX: de receptores passivos e excluídos do acess