Postagens

Mostrando postagens de junho, 2015

Uma noiva esquisita, mas é com ela que vou...

Imagem
Alguns colegas ainda continuam estranhando o meu noivado com o pensamento da Escola Canadense de Comunicação. Literalmente, transformei meu blog em um ambiente de reflexão, na área de comunicação digital, partindo sempre da corrente filosófica e teórica de McLuhan, Pierre Lévy e seus companheiros. Escolhi-a porque é, na minha percepção, a melhor Escola que estuda e explica as rupturas de mídia na sociedade e as suas consequências nas organizações e, em geral, na vida humana. Por exemplo, o que significa a chegada de uma nova mídia disruptiva na sociedade? Na História, quais foram as principais revoluções culturais ocorridas e qual a influência da mídia nessas revoluções? A Escola Canadense nos faz perceber as grandes rupturas cognitivas provocadas pelas mídias, ao longo da história humana. Antes, estudava as mídias de forma aleatória e individualizada, preso aos efeitos de cada tecnologia na atual cultura, fixado no presente, sem fazer uma analogia com as revoluções comunic

Das antigas estradas de Roma às estradas digitais

Imagem
Compreendermos as estradas, as rotas marítimas e os transportes em geral como comunicação, ou meios de comunicação, é fundamental para entendermos a rede elétrica como meio de informação e, atualmente, as redes digitais, como ambientes de comunicação, interação e conhecimento. Seguindo esse raciocínio, percebemos que, antes da eletricidade, até o século XIX, a comunicação dependia, exclusivamente, de estradas, pontes, rotas marítimas, rios e canais. No entanto, o telégrafo acabou a festa: chegou para descolar a mensagem do mensageiro. Com esse sistema de comunicação, não havia mais a necessidade de ele pegar o cavalo e passar o dia, na estrada, a fim de levar a mensagem ao destinatário. E, se o receptor estivesse do outro lado do mar, o mensageiro já não precisava mais passar dias navegando, com o intuito de conduzir a informação ao seu destino específico. Agora, estando um, em uma ponta, e o outro, na outra, via telégrafo, ambos podem receber e enviar mensagens. Com a velo

A escrita: sem ela, a minha "carta" nunca teria chegado

Imagem
Com a escrita, o mundo é a nossa casa : não há barreira física , ou temporal para compartilharmos o amor e o ódio, a paz e a guerra, a vida e a morte. Perto ou longe, ela nos dá a possibilidade e a liberdade de expressarmos o nosso sentimento por alguém.  Nesse sentido, a palavra falada enjaula-me; a escrita liberta-me. A fala limita meu espaço relacional e emocional; já, através da escrita, mesmo distante da minha tribo, continuo me relacionando, trabalhando, estudando, sem romper os laços familiares e afetivos.  Como as demais tecnologias, a palavra escrita não caiu do céu. Na verdade, é fruto de um processo de maturação que perdurou por diversas gerações - antes da invenção do alfabeto na Grécia, por volta do ano VIII a.C, os egípcios e os sumérios já haviam criado, respectivamente, a escrita hieróglifa e a cuneiforme, aproximadamente, 3.000 anos a.C. Hipóteses defendem que a escrita chega para responder a uma latência da sociedade : a população c