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Mostrando postagens de abril, 2014

Os sonhos do povo de Mossoró não cabem nas urnas do próximo domingo

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O resultado das urnas de 4 de maio revelará a desmoralização da representação política mossoroense . Isso ficará evidente no altíssimo número de votos nulos, brancos e abstenções que profetizo no próximo domingo.     Há uma descrença generalizada na política em Mossoró, e não somente. O povo não se sente mais representado nos vereadores, deputados, muito menos, nos prefeitos. Com exceção das famílias que têm empregos ligados à prefeitura ou cargos comissionados, o povão se autoquestiona: como alguém pode me representar a partir de 4 de maio se as práticas viciosas continuam; se o cinismo e a demagogia nos debates são os mesmos do século XIX; se a taxa de corrupção e de impunidade cresce sempre mais na arena política. Se a maioria do povo não acredita mais na democracia representativa – como vimos nas manifestações que eclodiram ao redor do mundo, reivindicando o surgimento de “uma democracia real já” – não poderia ser diferente também em Mossoró, quando somos vítimas de um s

Quando a indignação superar o medo, Mossoró vencerá

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Estou prevendo. Veremos, pela primeira vez na história de Mossoró, o maior percentual de votos nulos, brancos e abstenções nas urnas de 4 de maio. Por onde ando, o sentimento de indignação e de descrédito no sistema político atual é alarmante. Por que isso? Porque o povo começa a perceber que, independente de onde venha a vitória, o modelo de governança e as práticas viciosas e autocráticas continuarão as mesmas. Boa parte do eleitorado mossoroense está revelando o mesmo sentimento da juventude que ocupou as ruas e praças do País nas manifestações de junho de 2013, ou seja, diante de tanta corrupção, impunidade, instabilidade, falta de transparência e, sobretudo, candidatos nas mídias ridicularizando o eleitor com promessas falsas e estúpidas, o   povo simplesmente pensa: não acredito mais em vocês, vocês candidatos não nos enganam mais. Vocês são ridículos, não suportamos ouvir tanto discurso demagógico; vocês não nos representam! Esse jeito obsoleto, autoritário e chan

Mataram mais um irmão

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Se tudo o que publicasse no face, caísse automaticamente aqui, teria diariamente coisa nova. O fato é que gosto mais de fluxo, interação, coisa viva. No face e twitter, sobretudo, vejo instantaneamente o resultado: o povo curte, comenta, compartilha. Aqui no blog é bem menos.  Mas deixemos de conversa e partilhe também aqui o que você acha que vale a pena. Ontem participei de uma romaria na chapada do Apodi. Abaixo o texto e AQUI  algumas fotos que publiquei no face. Mataram Jesus e continuam matando aqueles e aquelas que defendem o direito dos pequenos. Hoje no finalzinho da tarde dezenas de agricultores se reuniram defronte ao cruzeiro onde assassinaram Zé Maria, na chapada do Apodi, município de Limoeiro do Norte.  Zé Maria foi assassinado por um matador de aluguel em 2010 por ser um ambientalista, sindicalista e forte defensor da agricultura familiar. Na sua região, chapada do Apodi, tornou-se nos últimos anos terra de grandes empresários, alguns deles, multinacion

Em quem o padre vai votar?

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Mais uma campanha política chegando e algumas pessoas, curiosamente, perguntam em quem o padre vai votar ou pra quem vai torcer.  Pra início de conversa, na minha escassa percepção política, nada há de novo debaixo do céu de Mossoró com as eleições suplementares de 04 de maio. A única novidade veio do judiciário com o afastamento da prefeita Cláudia Regina. Pronto. Mágica pode até funcionar na televisão e no circo, na política, não. Mossoró tem uma atmosfera política intoxicada há muito tempo por grupos que governam pra si mesmos e para uma pequena elite da cidade. São políticos ligados a grupos familiares, empresários, homens e mulheres que usam o espaço público para se auto-promoverem, obterem sucesso nos seus negócios e fazer da política o seu meio de sobrevivência. Entram na política - com rara exceção de alguns deles - não  com vocação pra cuidar da cidade (pólis), mas com vocação pra cuidar da sua família e dos seus interesses particulares.  Para se eternizar no

CONVITE - Festa de Nossa Senhora de Fátima 2014

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Querido irmão e querida irmã, O povo de Deus da paróquia de Fátima se alegra com a chegada da festa de sua padroeira. É um período de reencontro, de comunhão e de conversão pastoral. O espírito temático das novenas gira em torno do Plano de Ação Pastoral da paróquia, elaborado em comunhão com a Igreja da Diocese de Mossoró – que celebra seus 80 anos – e, também, em sintonia com o papa Francisco. Durante a festa, queremos nos converter mais ao Evangelho. Queremos, a exemplo de Maria, sentar aos pés de Jesus para nos revestirmos dos seus sentimentos e, assim, espalhar em nossas comunidades, com ternura e profetismo, as sementes do Reino de Deus. Sonhamos com uma paróquia - formada por discípulos (as)-missionários (as) - que vive em estado permanente de missão. Como exorta o papa Francisco, a “conversão pastoral” passa por uma Igreja missionária, misericordiosa e acolhedora. "Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo", diz o Papa. "A r

CARTA DO NORDESTÃO DA 5ª SEMANA SOCIAL BRASILEIRA

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“O Nordeste que temos e o Nordeste que queremos” foi o tema do Nordestão da 5ª Semana Social Brasileira em Lagoa Seca, de 4 a 6 de abril, com as forças vivas das Pastorais Sociais dos 5 regionais do Nordeste. Representações de quilombolas, indígenas, pescadores artesanais, ribeirinhos, camponeses, catadores de materiais recicláveis, juventudes, movimento negro, movimento de mulheres, atingidos por grandes empreendimentos, sem-terra, sem-teto, população de rua, igrejas cristãs e de religiões de matriz africana participaram da construção das proposições desse novo Nordeste que queremos. Após fazermos uma análise de conjuntura participativa, por meio de mini-plenária e de palestras com assessores acadêmicos, concluímos o evento com uma carta, onde expressamos de um lado, o nosso repúdio contra as estruturas que manipulam e capitalizam o Estado e, do outro lado, apresentamos alternativas para a construção do Estado que desejamos. "Somos povos que insistem no direito d