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Pe. Zezinho

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O vídeo descreve o final de semana, 16 e 17, com pe. Zezinho. Conosco, estava, também, dona Rita, sua irmã. Enfatizo no vídeo a casa dos pais de padre Zezinho e as plantações de uva e maça. Um espetáculo de beleza. Visitamos também Pinzolo, a cidade natal de pe. Walter. Por último, a cidade de Vigo, onde podemos ver no vídeo um lindo batistério octogonal e um piano do séc. XV. Em síntese, um recordo de mais um fim de semana inesquecível. Vale a pena ver.

De Trento, últimas informações

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Segunda semana em Trento, norte da Itália. Como havia acenado no posto anterior, durante o mês de julho, estarei no departamento de comunicação social da diocese de Trento com o objetivo de estudar e entender o processo de convergência dos meios de comunicação utiliza dos pela diocese: revista digital, revista impressa, rádio, tv e web. Quer seja fácil ou doloroso, todos os organismos de comunicação hão que se adaptar para entrar na roda da convergência. É a própria atmosfera digital que favorece a sinergia midiática. Essa sinergia, por sua vez, provoca: a interação participativa entre as plataformas midiáticas, a velocidade na produção de conteúdos e, sobretudo, a redução de gastos econômicos e de hora de trabalho. Não pára na convergência. Também, percebi, no departamento de comunicação da diocese, outro detalhe curioso e criativo: o uso de ferramentas digitais com “Códigos abertos” (Open Source). O que isso quer dizer? Que todos os programas utilizados para a produção de revi...

Entre as montanhas, uma bela cidade

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Cidade dos três dentes. É nela que permaneço durante todo este mês de julho. Do latim, seu nome é Tridentum. Porém, no italiano, ela é conhecida pelo nome de Trento. Uma cidade no norte da Itália, Trento é situada entre duas grandes referências: Bolzano (terra do meu padim Frei Damião) e Verona (paraíso de Romeu e Julieta). No mundo c atólico, a palavra "trento" é muito conhecida porque liga ao Concílio de Trento, no século XVI, depois que o teólogo agostiniano, Matinho Lutero, rompeu com a Igreja Católica, criando assim a religião luterana. Para a Diocese de Mossoró, Trento é igual a Dom Mariano Manzana. Em nível de Igreja italiana, Trento é famosa pelo fato de haver centenas de padres missionários espalhados nos cinco continentes. Na diocese de Mossoró, por exemplo, nas últimas décadas do século passado, vários padres prestaram honrosos trabalhos em várias paróquias. Ainda hoje, contamos com três missionários: Pe. Walter, Pe. Dário Torboli e Dom Mariano Manzana. Para qualq...

A cultura digital na Igreja: Ameaça ou esperança?

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Numa sociedade cada vez mais mergulhada no mundo digital, seria possível explicar/celebrar o religioso, o sacro, o Reino, ignorando o papel das Redes Sociais e das mídias em geral? Por dois anos consecutivos, 2010 e 2011, o papa Bento XVI, na mensagem mundial das comunicações sociais, tem sido ousado em descrever as novas mídias digitais, não apenas como novos meios de transmissão de informação, mas como uma realidade que está provocando uma mudança profunda na nossa estrutura mental e cultural e, portanto, no "nosso modo de pensar e de aprender". Não somente Bento XVI. Mas, desde o Concílio Vaticano II, a Igreja já vem incentivando os fiéis a fazerem uso inteligente das novas mídias. Ainda em 1971, com a Instrução Pastoral “Communio et Progressio” , Paulo VI reconhecia que “os modernos meios de comunicação social dão ao homem novas possibilidades de confronto com a mensagem evangélica”. Para João Paulo II, na encíclica “De Redemptoris Missio” , os meios de comunicação seria...

Não tem mais jeito, acabou

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Acabou. Exato. É a mesma sensação de final de jogo. Não tem mais jeito e não adianta choramingar. Chego ao fim de mais um ano letivo. Mais conteúdo na cabeça, mais palavras, mais experiência, mais isso, mais aquilo. E daí? Deontologia, jornalismo, produção de vídeos, curso prático radiofônico, filosofia da comunicação, sociologia e outros. De cada curso, pude extrair elementos que poderão me ajudar a problematizar e interpretar a realidade que me cerca. E agora, o que ainda me resta. Bom, para concluir o bendito mestrado na área de jornalismo e editoria, resta mais um ano. Se até aqui, o meu inimigo número um foi ele, o tempo, imagina o ano que resta. Respostas às minhas inquietações, dúvidas, nenhuma. Ao contrário. - E isso é ruim. Não! – Por que? Porque cada curso leva-me a tomar consciência da pasta que tapa os meus olhos. E aqui, na minha opinião, está o belo do estudo: guia-me a reconhecer o quanto sou, diante da complexidade da realidade, ao mesmo, arrogante e medíocre. Arrogante...

Uma liberdade de imprensa enferma

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A ONU celebra hoje, 3 de maio, a Jornada Mundial da liberdade de imprensa. Nesta semana, iniciativas diversas são realizadas em muitos lugares do mundo: conferências, debates, manifestações, exposições, etc. Em Roma, estão sendo promovidos alguns seminários e debates em comemoração ao dia da liberdade de imprensa. Acompanhei via internet uma conferência promovida pela UNESCO no Museu da Imprensa em Washington, cujo foco de discussão foi a função da internet para a liberdade de expressão, o crescente fenômeno das novas mídias, especialmente o fenômeno da produção e consumo de informação através das redes sociais. A celebração do dia da liberdade de imprensa no mundo tem objetivos gerais comuns para alguns países e objetivos diversos para outros. Penso que seja mais que necessário rever, questionar e protestar a favor da garantia da liberdade de expressão. Em 2010, somente uma em cada seis pessoas viveu em países com acesso a imprensa livre, revela a pesquisa feita pela Free...

As razões do golpe de 1964

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POR EMIR SADER As visões descritivas dos grandes acontecimentos históricos tendem a reduzi-los a contingências – a Primeira Guerra, a um episodio menor – ou a idiossincrasias – a personalidade de Hitler. No caso do golpe no Brasil, a imprensa golpista da época se centrava nos supostos “abusos” do governo Jango, que teriam levado à intervenção dos militares para “salvar a democracia” – lugar comum nos editoriais da época. O movimento que desembocou no golpe de 1964 na realidade vem de longe. Podemos remontá-lo ao começo da Guerra Fria, no fim da Segunda Guerra e no começo do segundo pós-guerra, quando os EUA reciclavam sua definição de inimigos do bloco derrotado na guerra, para a URSS. Não seria possível explicar a brutalidade das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, sem levar em conta a nova atitude norteamericana de mostrar para a URSS sua superioridade nuclear, que iria definir o começo do novo período. De capa da revista Times há poucos anos antes, como herói da luta pela democ...