Você está consciente da revolução digital em curso?


A maioria absoluta da população mundial ainda não se acordou para a dimensão da revolução cultural que o mundo digital irá provocar nas próximas décadas. Os grandes estudiosos afirmam que pela primeira vez na história da humanidade, passamos por uma transformação paradigmática que reconfigura nossas emoções, mentes e decisões.

Talvez, você, ouvinte, que vive longe das grandes metrópoles, que não sente de perto os conflitos e desafios da complexidade dos engarrafamentos, dos estresses de ruas tomadas de gente e de carro, das filas quilométricas para se inscrever e concorrer a um emprego. Você que não vê os conflitos dos taxistas brigando por seus espaços, dos milhares de vendedores ambulantes disputando cada pessoa que passa na rua; você que ainda não presenciou a superlotação dos grandes hospitais públicos, cadeias públicas, escolas públicas, shoppings, etc. Em síntese, você que ainda não sabe que nos últimos 200 anos, saltamos de 2 bilhões de pessoas para quase 8 bilhões, provavelmente, terá dificuldade de saber o porquê da chegada de uma nova mídia, reintermediadora e descentralizada como é o caso da tecnologia digital em curso.

Ao longo da história, a chegada de uma nova mídia sempre teve como objetivo principal resolver parcialmente os problemas da humanidade. Assim foi com a chegada da fala há 70 mil anos; assim foi com a chegada da escrita há 7 mil anos; assim foi com a chegada do alfabeto há 3 mil anos; assim foi com a invenção do papel e do livro impresso há 500 anos; assim está sendo, ultimamente, com a chegada do digital.

Como é práxis, a chegada de uma nova mídia, por mais benefício que ela traga, vai sempre provocar um conflito entre os que aceitam e os que não aceitam a nova tecnologia midiática. Uma briga entre os que preferem se comunicar pelo WhatsApp e os que preferem se comunicar presencialmente ou por carta; conflito entre os que preferem ser informados via rádio e televisão e os que preferem ser informados via redes sociais; conflito entre os taxistas tradicionais e os taxistas dos aplicativos da uber, 99 e outros; conflitos entre as redes de hotéis convencionais e os airbnb, um meio econômico e transparente de hospedagem via aplicativos digitais; enfim, conflito entre o mercado analógico e o mercado digital.

No próximo comentário explico o porquê dessa briga entre o modelo analógico de resolver problemas e novo modelo digital de solucionar parcialmente os macro-problemas causados pelos quase 8 bilhões de pessoas que habitam o nosso planeta. Talvacy Chaves para o 60 minutos.

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