Como você lida com a Internet?


Boa noite Fernando Magalhães, boa noite caros ouvintes da 98FM. 

Como você ouvinte lida com a internet e com tudo o que ela representa na sua vida e na vida da sua família? Com esta pergunta, introduzo minha participação aqui no comentário do jornal sessenta minutos. Nos últimos anos, venho pesquisando sobre o impacto da cultura digital na sociedade. Fiz e faço isso porque sem conhecer a filosofia que move o mundo digital, não teremos autonomia suficiente para usufruir do que há de melhor na internet, como também, não teremos autonomia suficiente para nos prevenir do que há de pior na internet.

A internet é a nossa imagem e semelhança. A internet é o espelho daquilo que somos. Tudo o que tem nela foi feito e publicado por nós, pessoas humanas. Também os robôs que espalham informações verdadeiras e falsas e qualquer tipo de imbróglio são feitos e gerenciados por nós, seres humanos. E quem somos nós? Todos nós somos anjos e demônios, santos e pecadores. Por meio da internet podemos tocar no céu, mas também, por meio da internet, podemos tocar nos porões do inferno. A internet pode nos libertar, nos aproximar das pessoas que amamos, obter o conhecimento sobre qualquer coisa, como também, a internet pode nos escravizar, nos alienar, atrofiar nosso cérebro, pode destruir nossa dignidade, nossa reputação, pode violar nossos valores.

Por isso, a pergunta inicial deste comentário. Como você lida com a internet? Qual a finalidade das mídias sociais na sua vida? Logicamente, como a grande maioria da humanidade é composta por seres humanos que fazem o bem, por seres humanos com alta taxa de honestidade e de respeitabilidade, a internet, da mesma forma, é composta por informações e conteúdos na sua grande maioria confiáveis, com alta taxa de credibilidade e veracidade.

Em geral, os comentários sobre a internet feitos pelos “formadores de opinião” nas mídias de massa vêm quase sempre carregados de pessimismo e demonização, distorcendo assim a complexidade da realidade digital. Como é notório, dá mais audiência noticiar e comentar o lado demoníaco e destruidor da realidade humana do que comentar o lado sã e construtivo da humanidade.

Como um estudioso da área, me esforçarei para comentar a realidade humana e tecnológica como ela é, isto é, revelando tanto o seu lado benéfico como o seu lado maléfico. Tendo mais consciência do chão tecnológico que pisamos, teremos, seguramente, mais autonomia para viver e usufruir daquilo que nos interessa, tanto fora como dentro da cultura digital. Talvacy Chaves para o 60 minutos.

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