Japonês em Roma fala do terremoto

É cultural? É fruto do TAO? É uma espiritualidade voltada à interioridade do “homem”? É típico japonês? Não sei. Confesso que nesses dias, venho fazendo milhões de perguntas ao ver o comportamento sereno, pacato, silencioso do povo japonês defronte a uma das maiores tragédias no Japão.

Sem necessidade de citar o nome de outros países que também sofreram terremotos devastadores, neles testemunhamos um clima bem diverso. As dores dos sobreviventes e dos que indiretamente foram atingidos eram mais que visíveis: gritos, choros, saques nas lojas e supermercados, além do espírito de revolta daqueles que perderam amigos, familiares ou bens materiais.

Os dois modos de afrontar tais tragédias são mais que compreensíveis. Afinal, agredir a vida, independente da forma como ela é agredida, é furar cruelmente a nossa sensibilidade, a nossa humanidade. Sem querer ir muito longe, a própria psicologia nos garante que, o nosso choro, grito e reações quase que inconscientemente, são mecanismos indispensáveis à sobrevivência da nossa espécie.

As conclusões que extraí da reação serena dos japonês frente ao terremoto vieram da mídia, mas não só. Na comunidade que habito, moram dois japonês. Um deles é o Yoshikazu, a quem fiz algumas perguntas no vídeo abaixo. Ele é budista. Daí, súbito entendemos o porquê de reagir ao sofrimento humano de forma tão natural. No budismo, buda – o mestre iluminado – porta, como um dos seus objetivos, ajudar às pessoas à alcançar o fim do sofrimento para poder entrar no Nirvana, o céu dos budistas. O sofrimento, portanto, é uma realidade comum na filosofia budista.

Convido à assistir o vídeo abaixo e perceber o modo humano e natural com o qual o japônes Yoshikazy, estudante de filosofia em Roma, responde as perguntas sobre o terremoto no seu país.

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