Novas tecnologias, novas relações

Faço aqui uma síntese crítica do conteúdo presente na mensagem do Papa para o 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais.

O mundo digital está portando um novo modo de pensar e de viver. Uma transformação cultural. A rede é um lugar constante de metamorfose.

Ontem, a mudança social veio com a revolução industrial, hoje, com a revolução das redes.

Na cultura da rede, há um salto para a comunicação horizontal. A autoridade que está hoje em linha vertical, agora ocupará uma função com critérios diversos. Com a rede, o que faz a "autoridade" não é a mitra, não é o fato de ser "padre", mas a inserção participativa dentro da rede. A autoridade na rede está fortemente ligado ao diálogo, intercâmbio, respeito mútuo e criação de relações positivas.

Essa dinâmica nova de comunicar-se muda o modo de anunciar o Evangelho, de ser Igreja. É, portanto, um apelo a horizontalizar as relações no interior das instituições.

O papa aponta para o exemplo das primeiras comunidades cristãs e propõe a autenticidade, ou seja, o testemunho como meio indispensável para viver em diálogo com o mundo das redes.

Não se torna mais credível o simples fato de encher nossas plataformas de comunicação (jornal, rádio, boletins, etc.) com temas religiosos e/ou vozes dos bispos e padres. A comunicação, mais do que intercâmbio de dados, é relação, participação. Nas redes, a pessoa tende-se a revelar-se naquilo que comunica

O papa conclui sua mensagem "convidando os cristãos a unirem-se com confiança e criatividade na rede de relações que a era digital nos oferece".

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