Ética: filha de um povo, de uma cultura

A ética profissional é ligada a uma espiritualidade no seu sentido mais amplo. Quanto mais abertura à espiritualidade, mais possibilidade teremos de aplicar valores éticos em nossa profissão.


A constituição Italiana, artigo 21, enfatiza que todos têm o direito de expressão, livremente. Ao longo da história italiana, essa liberdade foi ferida. No século passado, início da década de 20, Mussolini foi um quem amaldiçoou de forma quase radical a liberdade de comunicação. A nova constituição em 1947, após o final dos dois conflitos mundiais, ressuscita o direito inalienável de se expressar, que havia sido sepultada com o fascismo. Essa liberdade de expressão, portanto, é filha do nascimento de uma nova democracia. Informar e ser informado passam a ser uma necessidade e um direito inquestionável nos países democráticos.


Voltado para o jornalismo profissional, em 2002, foi aprovada a carta deontológica dos jornalistas italianos com o objetivo de tornar visível os direitos e deveres de cada ator da comunicação. Sem dúvida, ela é ainda hoje, uma bússola que indica a via menos corrupta da informação. Todavia, os princípios éticos, diante dos limites e interesses egoístas do homem, corrompidos por um sistema econômico altamente competitivo e materialista, se encontram, quase sempre, longe do exercício profissional do jornalista.


A Igreja, nas últimas décadas, vem vigilando de perto os desafios e empecilhos na comunicação eclesial e social que inibem a busca da verdade. Pensando nisso, a Igreja escolhe, como patrono da comunicação, São Francisco de Sales, por ter sido no seu tempo, um comunicador incontestável da ética e da Verdade. No século XVI, ele imprimia os documentos eclesiais e saia distribuindo nas praças, casas de famílias e Igrejas. Naquele tempo, o debate forte era defender-se do protestantismo. O seu desejo era fazer chegar a todos a Verdade do cristianismo, a palavra da Igreja.


O desejo da verdade, disse o papa, deve está na base da comunicação de cada pessoa. A Igreja, inserida no mundo das novas tecnologias, deve deixar-se guiar, mover-se pela via da verdade.


As redes sociais abrem novas possibilidades de intereção e de liberdade de expressão, consideradas um bem de primária importância para toda a humanidade, pois a dimensão relacional é a que melhor caracteriza a vida de uma pessoa.


A mídia, disse o papa, é um bilhete contemporâneo que está levando o homem a um novo modo de aprender, de pensar, de ser e de relacionar-se.


Fonte: Apontamentos da aula de ética, com o professor Manfheis

Comentários

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