Nas eleições, quando a emoção vence, o povo perde
Na política, sobretudo em período eleitoral, quando a emoção desequilibra o comportamento dos candidatos e eleitores, a democracia é a grande derrotada. É o que testemunhamos fortemente neste segundo turno. Já dizia um cara chamado Platão, séculos antes de Cristo ter vindo ao mundo, que somente os filósofos deveriam governar a cidade(pólis), porque eles cuidam do povo com sabedoria e razão, ou seja, os filósofos não se deixariam ser movidos por instintos egoístas e emoções desequilibradas. É fato. Há momentos decisivos na vida em que a emoção jamais deveria se sobrepor à razão, e vice-versa. Quando isso acontece, a vida pode tomar uma direção estranha, às vezes, sem retorno. Não somente boa parte do eleitorado perdeu o controle emocional, como também os próprios candidatos. E aqui, os candidatos têm um papel decisivo pra nortear uma campanha fundada no equilíbrio entre razão e emoção, para assim fazer vencer o diálogo, a tolerância e o respeito...