Nas eleições, quando a emoção vence, o povo perde
Na política, sobretudo em período eleitoral, quando a emoção desequilibra o comportamento dos candidatos e eleitores, a democracia é a grande derrotada.
É o que testemunhamos fortemente neste segundo turno.
Já dizia um cara chamado Platão, séculos antes de Cristo ter vindo ao mundo, que somente os filósofos deveriam governar a cidade(pólis), porque eles cuidam do povo com sabedoria e razão, ou seja, os filósofos não se deixariam ser movidos por instintos egoístas e emoções desequilibradas.
É fato. Há momentos decisivos na vida em que a emoção jamais deveria se sobrepor à razão, e vice-versa. Quando isso acontece, a vida pode tomar uma direção estranha, às vezes, sem retorno.
Não somente boa parte do eleitorado perdeu o controle emocional, como também os próprios candidatos. E aqui, os candidatos têm um papel decisivo pra nortear uma campanha fundada no equilíbrio entre razão e emoção, para assim fazer vencer o diálogo, a tolerância e o respeito entre os seus eleitores.
Quando, nos debates televisivos e nas manifestações de rua, os candidatos focalizam suas energias nas propostas, expondo seus projetos pro povo, de forma civilizada, os seus eleitores também tendem a fazer uma campanha de forma mais adulta.
Invés, quando os candidatos trocam as proposições por agressões morais, ofensas pessoais e discursos mágicos (demagógicos), o eleitor tende a fazer o mesmo nos confrontos presenciais e virtuais com os seus adversários.
O período eleitoral é o tempo mais precioso e decisivo para o cidadão. Temos em nossas mãos o destino de uma nação. É o tempo em que o poder está verdadeiramente em nossas mãos.
É importante emocionar-se, rir e chorar, mas somente depois de ter lido e refletido os programas de governo dos candidatos em jogo. Muitos erros que cometo na vida comprometem somente a minha vida pessoal; invés errar no voto, onde devo escolher o melhor candidato com o melhor projeto, pode causar um prejuízo não somente pra mim, mas também pode comprometer o futuro do País inteiro.
Para nós estudantes, que submetemos a processos seletivos a fim de obter uma vaga na universidade, recomendam que dias antes do vestibular mantenhamos serenos, alimentemo-nos com comida saudável, etc., para que no dia da prova estejamos mentalmente preparados pra marcar o “x” na letra certa.
Não deveríamos também fazer o mesmo vésperas da votação. Parar, refletir, rezar e, se preciso for, puxar outra vez da gaveta os dois projetos de governo, colocá-los na nossa frente para, lucidamente, com SABEDORIA e RAZÃO, escolher o melhor programa de governo pra cuidar do País.
Próximo domingo, errará menos na urna quem melhor conheceu os projetos e as reais motivações dos candidatos. Por isso, é importante e decisivo parar nesta semana pra fazer uma profunda reflexão pessoal e tentar interpretar o que está por trás do sorriso, do discurso e dos projetos de cada candidato (a).
Pra todos e todas, uma feliz e consciente votação no próximo domingo. Que Deus ilumine e abençoe a nossa escolha e abençoe o futuro presidente eleito(a) do País.
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