"Into the wild"
Into the wild é um filme que raconta a história verídica de Christopher McCandless, um jovem de família rica em Virginia, USA, que, logo após a formatura em Ciências Sociais na Universidade de Emory em 1990, decide de abandonar a família e amigos para fugir de uma sociedade consumista e capitalista na qual ele não consegue mais encontrar sentido para viver.
Nessa aventura, em busca da liberdade, encontra diversas personagens: um casal de hippie, uma jovem cantora, trabalha um período na colheita de trigo juntos com os trabalhadores da fazenda e por último, se encontra com um senhor aposentado que vive sozinho, numa casa, sem alegria e sem amigos.
Depois de passar por vários lugares e de viver diversas experiências, chega nas terras imensas do Alaska e lá vive até a sua morte em meio ao mundo selvagem, se alimentando de caças e ervas.
Vivendo sozinho, no mais profundo silêncio, nas montanhas de gêlo e em meios aos animais selvagens, consegue compreender que a felicidade não está nas coisas materias que estão em torno do homem, mas está na comunhão incondicional consigo e com outros.
Christopher pouco antes de morrer escreve “Happiness is real Only when shared”: a felicidade é autêntica somente se condividimos”. Ele morre em 1992, provalmente por causa de intoxicação alimentar. Apesar do sofrimento e do modo como morreu, em meio a frio e doença, ele consegue fazer a experiência da mais profunda liberdade.
Penso que todos que assistem ao filme consegue fazer uma viagem e uma reflexão bastante concreta e existencial sobre a vida. A ilusão, as fantasias e a promessa de encontrar a felicidade nos bens perenes, na moda e no consumismo desta sociedade selvagem está, no fundo, provocando uma grande erosão interior. Somente quando pararmos conscientemente para escutar a nós mesmos, seremos capazes de perceber a realidade escura, ilusória e irreal na qual vivemos.
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