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Mostrando postagens de março, 2012

Um autêntico cristão e um verdadeiro pai

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Papai, Hoje, 29 de março, festeja 59 anos de vida. Por isso, reforço o meu muito obrigado a Deus por ter tido a graça de crescer e viver sob o cuidado e as orientações desse homem, banhado de uma simplicidade e grandeza de coração sem limites. Um pai que educa, não com sermão, mas com o silêncio do seu testemunho.   Seguindo o exemplo de seu pai, ele encontra na leitura constante da Bíblia as luzes e inspirações necessárias para guiar, no caminho certo, a nossa família. Cre sci vendo papai e mamãe rezando o terço, todas as noites. E mais. Quando terminávamos o terço, ele continuava, silenciosamente, fazendo suas orações pessoais. No silêncio da noite, namorava com Deus, falava com Deus. De madrugada, antes de tirar o leite das vacas, ele ao lado de mamãe, reza o ofício de Nossa Senhora. Assim ele começa e conclui o dia, embevecido da graça de Deus.  Eis porque conto com um pai exemplar, sereno, místico, de uma grandeza de fé e de um testemunho de vida 10 mil vezes maior d

Extensão Jovem 2.0: um programa que interage com o internauta

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Fiquei admiradíssimo com o jeito divertido, espontâneo e criativo dos jovens de Santa Luzia no programa #ExtensãoJovem, ontem, sábado. Por isso, gostaria de registrar, publicamente, a minha admiração pelo programa e aproveitar para parabenizar a equipe  por esse estilo ligeiro, leve e cativante de comunicar.  A dupla que apresenta o programa junto com o moderador do twitter têm uma sensibilidade comunicativa estupenda, dialogam de uma forma tão natural que a sensação que passa pra nós, ouvintes, é de que estão sentados no banco da praça, comendo pipoca com guaraná e falando das novidades da semana, dos encontros, das festas, de forma que nos deixam muito à vontade pra também entrar no bate-papo, através do twitter ou telefone.  Ontem, peguei somente os últimos vinte minutos do #Extensãojovem. Parece que não foi o primeiro sábado que eles alargam a audiência da Rural, usando o Twitter coligado ao livestream , transformando  a Rural, simultaneamente, em rádio-televisão.  Pel

Por que "Most" é um filme religioso?

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Se um dos objetivos principais da religião é ajudar as pessoas a dar um sentido à vida, através de narrativas, ritos, símbolos, tradições, então, podemos afirmar, inicialmente, que o filme  most  (a ponte), dirigido por Bobby Garabedian, tem uma profunda natureza religiosa.  A verdadeira relação amorosa (ágape) entre o pai e o filho e a atitude heroica do pai em entregar o próprio filho pra salvar os passageiros do trem (humanidade) revelam claramente a missão principal das religiões, de modo particular, do cristianismo. Se você leu até aqui, talvez não tenha encontrado dificuldade pra entender o conteúdo deste artigo. Todavia, para poder haver uma melhor compreensão do texto abaixo, recomendaria, antes, assistir ao filme "most" (30min). Tendo assistido, podemos caminhar juntos e extrair a mensagem religiosa presente no filme, observando as cenas mais significativas, a partir de três vertentes:  1. A relação autêntica e transparente entre Pai e filho

Em nome delas, meus parabéns

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Seguramente, muitas mulheres no mundo, somente hoje, recebem os parabéns ou um buquê de flores, como sinal de amor e gratidão dos seus amantes, familiares e amigos.  Todavia, sabemos que o dia-a-dia de muitas delas (nossas mães, mães solteiras, empregadas domésticas, funcionárias de gabinete, secretárias, as trabalhadoras das fábricas e do campo) reflete uma realidade bem outra, de falta de reconhecimento, falta de relacionamento autêntico, de exploração, abusos, machismos e por aí vai.   Por isso, fico até meio acanhado de fazer homenagem e lhes desejar parabéns pra não cair no mesmíssimo, repetido anualmente.  Lá onde eu nasci, sítio Bartolomeu, há algumas mães que gostaria de lembrá-las  como as grandes guerreiras/lutadoras do nosso tempo. São mulheres simples e,  materialmente,  pobres, por isso, muitas vezes, esquecidas por nós, pelos próprios vizinhos. Mas, hoje, vejo-as como exemplo de mulher e mãe, de doação completa, de amor e zelo pela vida dos seus filhos e f

Web, assassina da cultura? Bilton prova que não

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Um discípulo fiel da revolução digital, Nick Bilton, Professor da York University e jornalista do New York Times, no seu livro "Eu vivo no futuro" argumenta sem reservas as transformações antropológicas e tecnológicas provocadas pelos "bits" e, garante, sem assombro, que todo essa mudança portará a humanidade a viver muito melhor do que o homem de ontem. No livro ele pede: arquivamos o medo da web como assassina da cultura. Isso é uma mera caricatura. Temores análogos atormentaram as sociedades com a chegada de outras inovações, da locomotiva ao telefone, e sempre sobrevivemos. Liquida os tecnocéticos, sobretudo, Nicholas Carr que, em um livro se interroga se a internet está cambiando a nossa pasta cognitiva.  Carr se assemelha perfeitamente com um jornalista do New York , réu de ter sustentado a ideia de que  Twitter parece mais com o inferno que com o paraíso da informação. A oração da manhã do homem moderno, como dizia Hegel, tornou-se mais s

Centochiodi, um filme

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Vi, há pouco, Centochiodi , um filme italiano, escrito e dirigido por Ermano Olmi, em 2007.  Um jovem professor de filosofia da religião, da Universidade de Bolonha, abandona a própria vida intelectual e vai viver em uma comunidade simples, ao lado de um rio, longe da cidade, sem dizer nada pra ninguém. Encanta-se com a paz e o estilo de vida dos agricultores, habitantes do lugar.  Quando a comunidade o conhece melhor, passa a chama-lo de Jesus, por ter traços físicos parecidos e por ter feito uma escolha radical, viver no meio do povo. Ele faz amizade com todos, cria relações saudáveis, participa das festas promovidas pela comunidade, ajuda nas questões práticas, enfim. Após algum tempo, o jovem é questionado pela justiça. Os policiais buscam saber os motivos que o levou a abandonar a universidade, bem como, saber porque ele pregou, cada um com um grampo, os 100 mais preciosos livros da biblioteca de Bolonha. O jovem responde com sinceridade e, por isso, é liberado