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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Giornalismo Web: Um outro modo é possível.

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Vários meios de comunicação ao longo da história - manuscrito, impresso, rádio, tv - foram e continuam sendo usados como areópagos importantes para a profissão jornalística. Nenhum deles teve identidade horizontal, participativa e democrática como o atual fenômeno do jornalismo Web. O grande evento de massa que aconteceu ontem em Roma, cujo tema foi "a lei é igual para todos", revela e comprova o diferencial que caracteriza o atual universo da rede. Pela segunda vez, em um espaço de dois meses, os movimentos sociais, partidos de esquerdas, imigrantes, ongs, usando a Web como meio de divulgação, promoveram duas grandes manifestações contra o atual quadro político da Itália. A concentração com aproximadamente 50 mil pessoas foi na praça do povo, centro de Roma. "Queremos uma política mais atenta às necessidades do país e uma justiça igual para todos. Viemos porque estamos indignados" - relata um grupo de jovens presente à manifestação. Um dos gritos de protesto

TEORIA DA COMUNICAÇAO E RESPOSTA DAS AUDIÊNCIAS

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As teorias da comunicação nasceram entre os anos vinte e trinta do século passado, quando rádio e televisão eram ligados fortemente ao jornal de carta como meios de comunicação facilmente utilizados pela grande maioria da população dos países ocidentais. Essa imponente presença da comunicação de massas na sociedade contemporânea suscitou relevantes preocupações sobre os efeitos que essa pode provocar em confronto com os usuários, seja em nível pessoal, coletivo e social. O primeiro objetivo foi então aquele de verificar se a comunicação de massas teria um poder tal de condicionar os comportamentos dos indivíduos. De tal legítima apreensão, nasceram diversas teorias sobre a comunicação e mídia, chamadas media studies , das quais foram evidenciados aspectos particulares na relação complexa que interfere entre a fonte da mensagem e o público destinatário, em função dos efeitos mais ou menos graves que a mídia pode produzir. Uma importante classificação das teorias sobre a mídia e seu

Papa visita os pobres de Roma

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B ento XVI visita neste Domingo as instalações da Cáritas diocesana de Roma situada na estação ferroviária central da capital italiana. O encontro começará às 9h. Esse evento faz parte da programação do Ano de Combate à Pobreza e à Exclusão promovida pela União Europeia em 2010. Na ocasião da visita, Bento se reunirá com todos os carentes da Europa, através de representações de cada país. A comissão da Cáritas fez um apelo a todos os bispos da Europa encorajando-os a fazer, em cada uma das suas dioceses, um gesto forte e concreto para entrar assim em comunhão com a iniciativa de Bento XVI. Segundo o Eurostat, 85 milhões de pessoas sofrem com precariedade material na União Europeia e um quinto das crianças vive na pobreza. Dez por cento dos habitantes do continente residem num lar onde ninguém tem emprego. Este ano, a Cáritas Europa lançará um conjunto de ações destinado à promoção da sensibilização, suscitando atitudes que promovam a mudança e a solidariedade. Dentro dessa atmosfer

Avatar: um show de tecnologia, qualidade, ética e reflexão

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Hoje à noite assisti ao filme tão comentado no mundo do cinema. De fato, o filme, com a tecnologia tridimensional e a explosão de efeitos gráficos computadorizados, nos leva a viver uma experiência profunda com a nossa própria história. Não descreverei a sequência narrativa para não perder a graça daqueles que ainda não assistiram ao filme. Avatar fez-me recordar o passado histórico do nosso continente e a sua atual realidade. Recordei Darcy Ribeiro que, no seu livro "A formação do Povo Brasileiro", narra o genocídio de milhões de índios com a invasão dos brancos na grande América, em 1500. O filme faz lembrar, muito bem, o atual sistema econômico que, no seu projeto de crescimento, exclue a ecologia e, para muitos países, a tem como uma ameaça ou entrave no processo de realização das metas planejadas. Fez-me lembrar também Leonardo Boff quando escreve sobre a mãe natureza. O filme mostra de forma clara o confronto entre a desumana tecnologia contra a natureza e os povos pr

A festa da neve

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A chuva de neve que caiu, ontem, sexta-feira, na Capital italiana, foi um dos mais belos espetáculos da natureza que pude testemunhar. A alegria não foi somente do estudante do Venha Ver que cresceu habituado com a seca e a poeira da estrada. A cidade, também, parou para assistir ao show da natureza. Há décadas que Roma não havia sido coberta com tanta neve. É claro, nem sempre é festa pra todo mundo. Muita gente não pode sair pra trabalhar; o trânsito piorou, os trens foram blocados e por aí vai. Afinal, a cidade não é habituada a viver com tal fenômeno. A minha comunidade fez uma festa. Bebida quente para reduzir o frio, acompanhado de chocolate e comidas variadas. Mera coincidência, essa alegria caiu, exatamente, no último dia de provas.

Final do semestre: um alívio

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As duas últimas semanas foram de provas. É essa a metodologia das universidades na Itália: uma única prova feita no final do semestre. A prova é feita através de um interrogatório direto com o professor. Sei pronto! (está preparado!). Assim, sem muito arrodeio, o professor inicia fazendo perguntas relacionadas ao conteúdo visto, durante o semestre. Por mais que o estudante esteja preparado, o professor será sempre visto como um leão, pronto para devorar a presa. Talvez, seja preciso entrar na cultura europeia, isto é, conhecer o peso e a importância da educação vertical (hierarquizada) na história do povo branco para poder entender o atual método de ensino na Europa. É claro, a história justifica e explica a natureza de um povo. Por mais que se tenha pensado nos últimos tempos em uma educação horizontal, circular - aquela sonhada e planejada por Paulo Freire - a preferência pelo estilo de educação medieval prevalece. Aliás, esse modelo vertical de educar não é uma realidade somente